domingo, 12 de fevereiro de 2012

A MORTE DE JESUS


(Data: 22/04/11      Jo. 19. 17-30)

*** Adaptado do texto original de Lindolfo Pieper

Hoje é Sexta-Feira Santa
Dia de refletir sobre a morte de Jesus:
O que fazer nesse dia?
Se alegrar ou se entristecer pela cruz?

Por um lado a tristeza:
Pois Jesus foi crucificado,
Pelos pecados dos homens
No madeiro pendurado.

Mas por outro a alegria
E o regozijo da salvação.
A morte, o inferno e o diabo
Jesus venceu com sua ressurreição.

Sobre o inferno – o céu.
Jesus nos deu a vitória.
Por isso ao nosso salvador
Rendamos louvores e glórias.

Sobre a morte do Senhor, no entanto,
Ainda é preciso falar.
Qual foi sua causa mortis
É preciso perguntar.

 Foi o cansaço? O esgotamento físico?
De que Jesus morreu?
Foi pela grande dor que suportou?
Ou pelo sangue que perdeu?

Foi grande o sofrimento
Pelo qual Jesus passou
De um lugar para outro
Durante a noite ele andou

Pela síntese dos acontecimentos
Passou a noite acordado
E depois do amanhecer
Por Pilatos foi julgado


Colocaram em sua cabeça
Uma coroa de espinhos
E para o agredir
Contra a cabeça batiam.

Finalmente o conduziram
Para fora da cidade
O pregaram numa cruz
E o deixaram sofrer até a morte.

E sobre a causa mortis?
O que nós podemos pensar?
Sua morte foi como qualquer outra?
Ou a detalhes a analisar.

Todos que eram crucificados
Lutavam até morrer enfraquecidos
“Então Jesus clamou em alta voz:
Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito”.

Ora, quem morre de esgotamento físico
Fala quase inaudível e balbuciante
No entanto, Jesus clama em alta voz
Pois manteve o vigor até o último instante.

Aliás, essa é uma particularidade
Que muitos não compreendem
Estranhou até o próprio Pilatos
Acostumado a mandar crucificar muita gente.

Quando soube da morte do Messias
Pilatos ficou impressionado
Como Jesus morreu tão depressa?
O governador ficou atordoado.

Que sofresse por vinte e quatro horas
Lutando contra o madeiro
E morresse de esgotamento físico
Era normal a um prisioneiro.

No entanto, veja que surpreendente!
Bem diferente ocorreu em relação a Jesus.
Além de morrer conversando alto
Nem oito horas ficou na cruz.

Mas alguém poderá dizer
Que importância isso tem?
Não basta saber apenas
Que morreu para o nosso bem?

É coisa de muita importância
Esse “detalhe” da crucificação.
Pois se tivesse morrido de esgotamento físico
Para nós não haveria salvação.

Se tivesse perdido as forças
Morrido como um homem simplesmente
Não morrendo como Deus
A vitória seria da serpente.

Mas veja só o detalhe
Ele morreu quando ainda conseguia resistir
Então, morrendo de livre vontade,
Ele morreu porque quis.

No Evangelho de João
Jesus afirma essa verdade:
“Ninguém tira a vida de mim
Eu a dou por minha própria vontade”.

Jesus se entregou voluntariamente
Aos inimigos que o maltratavam
Pois bastava uma só palavra
E teria destruído aqueles que o acusavam.

“Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito”,
Em sua morte Jesus assim clamou
Além de mostrar que se entregava voluntariamente
Ao cumprir a profecia o diabo derrotou.

Agora veja por outro lado
O que se passou com o diabo
Ao ter visto Jesus morto na cruz
Jubiloso e contente ele deve ter ficado

Vendo Cristo morrer
Com tanta facilidade
É de se supor
Que isto lhe tenha aumentado a vaidade.

Mas quando o diabo esperava
Ao final da crucificação
Apoderar-se da alma de Cristo
Veio-lhe a decepção.

Jesus entregou a alma à Deus
E ao Paraíso foi conduzido.
Apenas o corpo ficara
Ao alcance do inimigo.

Mas Jesus morreu em vão?
Qual foi de sua morte o efeito?
De imediato, um malfeitor arrepende-se na cruz
E a multidão arrepende-se do que havia feito.

O centurião, chefe dos soldados,
Ao final de tudo acontecido
Reconhece que Jesus era filho de Deus
E também se sente arrependido.

Diz a tradição da igreja
Que este centurião até
Se tornou bispo de Capadócia
E sofreu morte de martírio por sua fé.

Mas se a morte de Jesus
Não produzir em nós um efeito de gratidão
Não seremos levados a acreditar em Deus
E para nós a morte de Jesus terá sido em vão.

Que a morte de Jesus produza em nós esse duplo efeito:
Tristeza por nosso pecado e gratidão por seu grande amor.
E que isso envolva o abandono do pecado
E envolvimento no trabalho para a honra do Senhor.

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