(Data: 22/04/11 Jo. 19. 17-30)
*** Adaptado do texto original de
Lindolfo Pieper
Hoje é Sexta-Feira
Santa
Dia de refletir
sobre a morte de Jesus:
O que fazer nesse
dia?
Se alegrar ou se
entristecer pela cruz?
Por um lado a
tristeza:
Pois Jesus foi
crucificado,
Pelos pecados dos
homens
No madeiro
pendurado.
Mas por outro a
alegria
E o regozijo da
salvação.
A morte, o inferno
e o diabo
Jesus venceu com
sua ressurreição.
Sobre o inferno –
o céu.
Jesus nos deu a
vitória.
Por isso ao nosso salvador
Rendamos louvores
e glórias.
Sobre a morte do
Senhor, no entanto,
Ainda é preciso
falar.
Qual foi sua causa mortis
É preciso
perguntar.
De que Jesus
morreu?
Foi pela grande
dor que suportou?
Ou pelo sangue que
perdeu?
Foi grande o
sofrimento
Pelo qual Jesus
passou
De um lugar para
outro
Durante a noite
ele andou
Pela síntese dos
acontecimentos
Passou a noite
acordado
E depois do
amanhecer
Por Pilatos foi
julgado
Colocaram em sua
cabeça
Uma coroa de espinhos
E para o agredir
Contra a cabeça
batiam.
Finalmente o
conduziram
Para fora da
cidade
O pregaram numa
cruz
E o deixaram
sofrer até a morte.
E sobre a causa mortis?
O que nós podemos
pensar?
Sua morte foi como
qualquer outra?
Ou a detalhes a
analisar.
Todos que eram
crucificados
Lutavam até morrer
enfraquecidos
“Então Jesus
clamou em alta voz:
Pai, em tuas mãos
entrego o meu espírito”.
Ora, quem morre de
esgotamento físico
Fala quase
inaudível e balbuciante
No entanto, Jesus
clama em alta voz
Pois manteve o
vigor até o último instante.
Aliás, essa é uma
particularidade
Que muitos não
compreendem
Estranhou até o
próprio Pilatos
Acostumado a
mandar crucificar muita gente.
Quando soube da
morte do Messias
Pilatos ficou
impressionado
Como Jesus morreu tão
depressa?
O governador ficou
atordoado.
Que sofresse por
vinte e quatro horas
Lutando contra o
madeiro
E morresse de
esgotamento físico
Era normal a um
prisioneiro.
No entanto, veja
que surpreendente!
Bem diferente
ocorreu em relação a Jesus.
Além de morrer
conversando alto
Nem oito horas
ficou na cruz.
Mas alguém poderá
dizer
Que importância
isso tem?
Não basta saber
apenas
Que morreu para o
nosso bem?
É coisa de muita
importância
Esse “detalhe” da
crucificação.
Pois se tivesse
morrido de esgotamento físico
Para nós não
haveria salvação.
Se tivesse perdido
as forças
Morrido como um
homem simplesmente
Não morrendo como
Deus
A vitória seria da
serpente.
Mas veja só o
detalhe
Ele morreu quando
ainda conseguia resistir
Então, morrendo de
livre vontade,
Ele morreu porque
quis.
No Evangelho de
João
Jesus afirma essa
verdade:
“Ninguém tira a
vida de mim
Eu a dou por minha
própria vontade”.
Jesus se entregou
voluntariamente
Aos inimigos que o
maltratavam
Pois bastava uma
só palavra
E teria destruído
aqueles que o acusavam.
“Pai, em tuas mãos
entrego o meu espírito”,
Em sua morte Jesus
assim clamou
Além de mostrar
que se entregava voluntariamente
Ao cumprir a
profecia o diabo derrotou.
Agora veja por
outro lado
O que se passou
com o diabo
Ao ter visto Jesus
morto na cruz
Jubiloso e
contente ele deve ter ficado
Vendo Cristo
morrer
Com tanta
facilidade
É de se supor
Que isto lhe tenha
aumentado a vaidade.
Mas quando o diabo
esperava
Ao final da
crucificação
Apoderar-se da
alma de Cristo
Veio-lhe a decepção.
Jesus entregou a
alma à Deus
E ao Paraíso foi
conduzido.
Apenas o corpo
ficara
Ao alcance do
inimigo.
Mas Jesus morreu
em vão?
Qual foi de sua
morte o efeito?
De imediato, um
malfeitor arrepende-se na cruz
E a multidão
arrepende-se do que havia feito.
O centurião, chefe
dos soldados,
Ao final de tudo
acontecido
Reconhece que
Jesus era filho de Deus
E também se sente
arrependido.
Diz a tradição da
igreja
Que este centurião
até
Se tornou bispo de
Capadócia
E sofreu morte de
martírio por sua fé.
Mas se a morte de
Jesus
Não produzir em
nós um efeito de gratidão
Não seremos
levados a acreditar em Deus
E para nós a morte
de Jesus terá sido em vão.
Que a morte de
Jesus produza em nós esse duplo efeito:
Tristeza por nosso
pecado e gratidão por seu grande amor.
E que isso envolva
o abandono do pecado
E envolvimento no
trabalho para a honra do Senhor.
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